Este fim-de-semana decidi ir com a esposa até Santarém aos comes e bebes à feira de Gastronomia. Na volta, domingo de um fim-de-semana prolongado, chegando as portagens lá estivemos um bocado a parar e a arrancar como ditam as regras.
Para minha surpresa eis que surge uma ambulância em marcha de emergência a serpentear pelo meio de duas filas a caminho das portagens para... Imagine-se… ir pagar a portagem e seguir viagem. É claro que só esteve parada uns 4-5 minutos se tanto a espera de passar, porque lhe deram passagem até perto da entrada... mas não deixa de ser curioso que a Via Verde, estando desimpedida, não fosse usada. Quatro ou cinco minutos que espero não terem sido cruciais para salvar ou não a vida a alguém.
Isto levanta uma questão importante. Será que a vida, ou a saúde, de alguém não é razão suficiente para que as ambulâncias, mesmo as das terrinhas que raramente têm de passar uma portagem (por enquanto), tivessem acesso a Via Verde? Alias, não deveria fazer parte do contrato de concessão das auto-estradas com portagens a entidades privadas, que estas dessem luz verde a qq veiculo prioritário a circular em emergência para passarem na Via Verde?
Das duas, uma. Ou isto já existe e está previsto e o condutor da ambulância não sabia do mesmo (o que é preocupante), ou então nada está previsto e a ambulância esteja em emergência ou não tem de pagar se quiser passar (o que é estúpido). Esteja alguém em vias de morrer ou não a caminho do destino, tem de parar na portagem como qualquer outra pessoa a caminho do trabalho ou a voltar de um fim de semana com ponte (que continua a ser uma aberração num país que se quer mais produtivo).
Alguém tem conhecimento se existe legislação para isto? Ou se está previsto nas concessões das auto-estradas a livre passagem a veículos em emergência?
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